terça-feira, 3 de julho de 2012

ECOLOGIA E PAGANISMO

Sempre tive pra mim que Ecologia e Paganismo são duas coisas que NECESSARIAMENTE caminham juntas. Na minha vida fico pensando em formas práticas de ter um agir mais ecológico. Não sou muito militante atualmente, já fui mais em tempos passados, mas acredito que a ação mais importante é a micro ação, aquela que fazemos em nossas casas, escolas, trabalhos, em nossa vida. 
O tripé do pensamento ecológico e sustentável é "Reduzir, Reutilizar e Reciclar". 

Reduzir >> Gosto de pensar que essa ponta do tripé está intimamente ligada com a Magia. Sempre que surge uma necessidade mágica em minha vida eu penso se realmente preciso fazer um feitiço para concretizá-la. 90% das vezes isso não é necessário. Uma respiração profunda me acalma, um e-mail me deixa com a mente tranquila, uma caminhada me torna mais resolutivo. Ecologicamente é muito parecido. Será que tudo que QUERO é realmente NECESSÁRIO? Eu lhes lanço um desafio. Tova vez que forem comprar algo perguntem-se o que lhes motiva a comprar. Ansiedade? Tédio? Medo? Alguma emoção reprimida? A pergunta deve ser "Eu PRECISO disso?" "Será que já tenho algo similar?" Se você for sincer@ na resposta então terá uma média de 70% de desistência na compra. Seu bolso agradecerá, e também o meio ambiente.  
Reutilizar >> Você já parou para pensar quantas coisas joga fora sem pensar em como reutilizá-las? Basicamente TUDO que você tem em casa hoje e considera obsoleto ou lixo pode ser reutilizado para um novo propósito. Roupas velhas podem virar retalhos para uma colcha linda e estilizada. Um móvel antigo pode ser repaginado e virar algo ultramoderno. Garrafas pet podem virar infinitas coisas. Se você não tem muito jeito com trabalhos manuais procure na internet por grupos ou associações que trabalhem com isso e doe as coisas que acha que não podem mais ser usadas. mas eu sugiro mesmo que você procure por sites que ensinam a fazer esses artesanatos e modificações e tente fazê-los. Quem sabe não descobre em você um grande talento latente?
Reciclar >> Não precisa dizer mais nada né? Quem ainda não separar lixo orgânico de lixo reciclável tá vivendo no século XV. A reciclagem é essencial para elementos como o vidro e o alumínio, que conseguem ser 100% reciclados. Além de ser mais barato diminui a exploração absurda dos recursos não renováveis do nosso amado planeta Gaia. A reciclagem é um ato de inteligência. Se seu condomínio ainda não separa o lixo converse com @ síndic@, fale com seus vizinh@s, faça a sua parte, compartilhe a idéia. 

Vamos começar aos poucos. Micro ações são ações que com o passar do tempo se tornam grandiosas. 


Abençoad@s Sejam!!!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

FEITIÇOS MAGIAS E RITUAIS

Dando continuidade aos nossos posts das segundas-feiras, lhes indico esse pequeno exercício de meditação:




Retirado do livro “O Poder da Bruxa” de Laurie Cabot e Tom Cowan.

ESTADO DE CONSCIÊNCIA ALTERADA ALFA

            O estado Alfa é uma das fases da nossa mente quando nossas ondas cerebrais estão em torno de 4 a 7 ondas por segundo. O Alfa é o movimento ondulatório da Consciência Universal. É neste estado que toda a Magia acontece. Quando nos encontramos em Alfa podemos nos conectar com o resto do Universo e os rituais e sortilégios se tornam muito mais eficazes.
            Durante muito tempo magos, xamãs, curandeiros, feiticeiros, bruxas e exorcistas utilizaram  diversas técnicas para chegar até o estado Alfa. Os exercícios para se chegar a este estado são os mais variados. Nas culturas africanas eram utilizados, e ainda são, tambores num ritmo marcante. As pessoas, ao escutarem esses sons, ficavam em transe e os orixás se manifestavam muito mais facilmente.
            Nos antigos oráculos da Grécia utilizava-se incenso. As sacerdotisas do Oráculo de Delfos só podiam responder às perguntas feitas a elas se estivessem em estado Alfa, e chegavam a este estado através de vapores que saiam do monte onde estava a Oráculo.
            Ao se encontrar no estado Alfa estamos aptos a realizar atos mágicos como a telepatia, a clarividência, a clariaudiência e a premonição. No estado Alfa algumas pessoas conseguem chegar a uma paz tão imensa que simplesmente não realizam nada.
            Geralmente o Alfa gira em 4 e 5 ondas, existe uma outra espécie de Alfa, chamado Alfinha, que está em 6 e 7 ondas. O Alfinha é mais usado para sortilégios mais simples e calmos. Existem algumas pessoas que utilizam o Alfinha para realizar projeções astrais próximas, para encontrar objetos perdidos, conquistar vagas em estacionamentos.
           
A CONTAGEM REGRESSIVA DO CRISTAL

            Para colocar-se em alfa, procurar um lugar tranqüilo, sentar-se confortavelmente, fechar os olhos e passar um minuto respirando profundamente e relaxando. Quando se sentir centrada, equilibrada, mantenha os olhos fechados e com o Terceiro Olho visualize uma tela vazia cerca de 30 centímetros à sua frente e logo acima das pálpebras. Na realidade, a tela em que o Terceiro Olho projeta imagens cerca-lhe toda a cabeça como um capacete, mas a maioria das pessoas somente vê imagens no segmento frontal.
            É possível que note os olhos pestanejando um pouco, embora continuem fechados. Chega agora o momento de treinar sua mente. Com o tempo, o pestanejar cessará. Não esquecer que em alfa não é necessário se ver com os olhos físicos, mas com os olhos da mente.
            Ver em seguida na tela um 7 em vermelho. Se este não aparecer com facilidade, tentar ver apenas um sete ou apenas um campo vermelho. Se tiver dificuldades em esparrinhar cores na tela, recordar de algum objeto que seja da cor desejada. Com o tempo, será capaz de colocar o sete no campo vermelho e, finalmente, verá o sete vermelho. Quando vir o sete retenha-o por um momento e solte-o. Visualize em seguida um seis laranja, retenha-o e solte-o. Um cinco amarelo, um quatro verde, um três azul, um dois índigo e um um lilás.
            Quando se fixar no um lilás, contar regressivamente de dez a um mas agora sem cores, para aprofundar o estado alfa. Dizer então mentalmente para si mesmo, com toda a convicção: “Estou agora em alfa, e tudo o que fizer será acurado e correto, e assim é.”
            Neste ponto executar-se-á a tarefa que tiver sido previamente decidida. Quando tiver concluído sua tarefa e desejar retornar ao que a ciência chama o nível beta das ondas cerebrais, ou à consciência vígil normal, apague com as mãos o que está na tela.
            Depois ainda em alfa e ainda de olhos fechados, dê-se uma total desobstrução de saúde da seguinte maneira: Colocar a mão uns 15 centímetros acima da cabeça, a palma voltada para baixo. Depois, num movimento suave, abaixar a mão para diante do rosto, peito e estômago, ao mesmo tempo que volta a palma para fora e estende o braço para frente. Dizer para si mesmo: “Estou me curando e a minha saúde está totalmente desobstruída.” Isso deve ser feito todas as vezes que se preparar para sair de alfa.
            Em seguida, contar lentamente de um a dez, depois de um a sete. Não é necessário ver cores quando se conta progressivamente, uma vez que se está voltando à luz plena e as cores convergirão por conta própria assim que se abrir os olhos. Pode-se, é claro, interromper alfa repentina e simplesmente abrindo os olhos, mas não é aconselhável. Ser arrancado de forma brusca de um sonho profundo é sempre desorientador, e algo parecido ocorre quando se sai de alfa depressa demais.
            Esse procedimento básico para ingressar em alfa é a chave para todo o nosso trabalho na Arte. Pratique-o todos os dias, durante cinco semanas, pelo menos, a fim de o aperfeiçoar. Quando se sentir mais à vontade e proficiente na contagem regressiva para alfa, entrará em alfa com extrema facilidade e sentir-se-á perfeitamente cômoda nele.   

domingo, 1 de julho de 2012

REFLEXÕES PAGÃS


Você está pront@ para ser forte?

Lutar por tudo aquilo que sempre consideramos bom. Manter nossa posição mesmo quando precisamos estar sempre em mudança. Viver de cabeça erguida em momentos de tamanha insegurança. Tudo isso faz parte da vida humana. Dessa complexa e tão simples vida. Mas nós estamos aqui. Lutando, mantendo, vivendo.
         Alguém já teve vontade de desistir? Espero que sim. Pensar em desistir nos faz ver que é preciso força para nos mantermos no caminho escolhido. Mostra que nem tudo são rosas. Pensar em desistir nos faz humanos. Nos faz repensar nossa estratégia, em como estamos nos portando. Nos faz saber se tudo pelo que lutamos hoje tem sentido ou não. Se a resposta for positiva, vemos que estamos no caminho certo, sacudimos a poeira e voltamos à luta. Se ela é negativa, procuramos outros caminhos, outras abordagens, outras crenças. Desistir de um caminho sim, desistir de lutar, nunca!
         Os presentes que recebemos todos os dias são mais que presentes, são bênçãos, milagres infinitos da grande mãe Gaia. O milagre de respirar, de nos molhar, de comer, de sentir, de sonhar. Cada um desses milagres faz de nós seres especiais e de certa maneira muito poderosos. Esses milagres nos fazem merecedores da inspiração Divina. Nos fazem Divinos. Não no sentido de filhos de um deus, mas como próprios deuses. Deuses esses que podem modelar a realidade de acordo com sua vontade, que podem amar de acordo com seu coração e que podem morrer e viver de acordo com sua própria decisão.
         A pergunta é: estamos dispostos a aceitarmos esse deus pessoal? Estamos prontos para entrar em contato com nossa força espiritual em plenitude? Estamos prontos para viver nossas vidas com a felicidade plena de quem se conhece e se aceita?
É preciso antes de qualquer coisa se amar, para depois amar o próximo. E mesmo que não o amemos, que o respeitemos. É preciso antes se conhecer, para só depois tentar compreender aquele que está a sua frente. Olhar no espelho não pode ser simplesmente se ver, mas se sentir, se tocar, se enxergar por completo. O amor, falado aqui, não é o amor pregado pelas religiões New Ages, um amor ideal, além do sofrimento pessoal. É sim um amor profundo, um sentimento de conexão íntima consigo mesmo. Aquele que não se ama não vive, pois não encontra prazer na vida. Aquele que não se ama sai por aí, rastejando uma vida medíocre, sem consciência, sem alegria, sem poder.
         A questão não é ser forte para os outros. A questão é aceitar que podemos ser fortes sozinhos, que podemos mandar em nossas próprias vidas, que podemos ser nossos próprios deuses. Uma vez ouvi em um seriado: “Decida-se. Você está pronto para ser forte?” Qual seria sua resposta nesse exato momento? Você estaria disposto a encarar o fardo de ser o único responsável pela sua vida?
         Quando começamos a trilhar o caminho da Bruxaria entramos em contato com muitas coisas que direcionam a responsabilidade de nossa vida para nós mesmos. Faz parte do pensamento pagão reconhecer que tudo que acontece na sua vida está sendo aceito ou pedido por você de uma maneira ou de outra. As leis da Natureza são claras: quem planta batatas não pode colher mandioca. O mesmo se aplica em nossas vidas, se você mantiver ações conflitantes com a filosofia de vida que diz seguir, então certamente viverá uma vida diferente da que acredita ser a melhor para você.
         Durante nossa senda pessoal como bruxos encontramos situações diversas que desafiam a posse desse poder pessoal. São os momentos de extrema tristeza, quando achamos que não valemos nada, os períodos de derrota, quando acreditamos que não somos bons o suficiente e principalmente os momentos em que deixamos que o outro tome as decisões importantes de nossa vida, simplesmente porque não acreditamos na nossa capacidade de escolher o certo.
A tomada de poder para nós mesmos reflete um momento de amadurecimento, uma parte da vida onde estamos dispostos a arcar com as conseqüências de nossos atos de maneira clara, sem auto-indulgência. Quando essa consciência de poder pessoal está introjetada no seu âmago a Magia assume uma nova configuração. Você se torna mais cauteloso ao lançar um feitiço, mais precavido ao desejar certas coisas e definitivamente mais consciente de que seu papel diante da Natureza não é de controle, mas sim de unificação.
A tomada do poder pessoal nos faz voltar ao nosso estado selvagem, ao nosso caminho pessoal mais íntimo mais natural. Clarissa Pinkola Éstes diz no seu livro “Mulheres que correm com os lobos”: “quando aceitamos nossa própria beleza selvagem, ela fica em perspectiva, e nós deixamos de ser incomodadas pela sua percepção, mas também não renunciaríamos a ele nem negaríamos sua existência. Uma loba sabe a beleza que tem ao saltar? Uma fêmea de felino sabe as belas formas que cria ao se sentar? Uma ave se espanta com o som que ouve ao abrir suas asas? Aprendendo com elas, simplesmente agimos à nossa própria maneira e não evitamos nossa beleza natural nem nos escondemos dela. Como os animais, simplesmente somos, e isso é bom”.
Retomar a nossa natureza selvagem é justamente retomar o poder da sua vida para você mesmo. Vamos discutir a natureza selvagem num outro momento. Agora o que é importante manter em mente é que, somente quando estamos conectados com a nossa essência é que podemos tomar o poder para nós mesmos e então, e só então, viver uma vida plena de contentamento. Lembrando do peso de ser responsável por si mesmo, mas tendo o foco da libertação que isso lhe traz pergunto novamente. Você está pront@ para ser forte?

quinta-feira, 28 de junho de 2012



Para Inaugurar o Capítulo ECOLOGIA E PAGANISMO trago a vocês esse texto reflexivo sobre a vida de um neo pagão.  


Uma Atitude Pagã

            A palavra “pagão” deriva do antigo latim paganus, que significa “aquele que vive na Natureza; rural.” Blá blá blá... Mas hoje, quando a maioria de nós vive em cidades grandes, em seus prédios longilíneos, afastados do solo, imersos em grandes nuvens de fumaça e poluição, o que quer dizer a palavra “pagão”? Para os católicos basta que você não tenha sido batizado para ser considerado pagão, para os evangélicos a simples menção da palavra é assustadora, para os bruxos é quase uma poesia. Cada um significa de formas diferentes, mas se pensarmos na palavra como ela é, o que descobriríamos?
            Se pagãos eram aqueles povos que vivenciavam a Natureza e a reconheciam como forma manifesta da(s) divindade(s) criadora(s) do Universo então sinto lhes informar, mas conheço muitos bruxos por aí que não são nem um pouco pagãos. Antigamente o culto à terra estava intimamente ligado à sobrevivência do homem, caso você não pedisse à Mãe que lhe trouxesse prosperidade na colheita dos grãos, provavelmente lhe faltaria comida durante o inverno e você correria o risco de morrer de fome. O caçador que não tivesse a força e o vigor concedidos pelo Pai jamais seria capaz de abater sua presa e dificilmente seria respeitado em sua tribo. O culto era uma questão de vida ou morte, a benção dos deuses era um limiar entre a sua extinção e a manutenção da sua vida. Hoje é possível ir ao mercado, passar o cartão de crédito e comprar tudo aquilo que desejamos (ou mais ou menos isso). Não precisamos lavrar a terra, semear, esperar o germinar das sementes, cuidar das pequenas plantas e muito menos colher os frutos. Mas ainda assim nos consideramos pagão (ou neo-pagãos como é moda dizer). Por que?
            Certamente nosso campo de batalha mudou. Não caçamos nossa comida, não plantamos tudo aquilo que precisamos e definitivamente não nos enredamos em batalhas sangrentas a fim de defender nosso território (pelo menos eu não tenho visto cabeças espetadas no muro da casa de ninguém). Resignificar o termo pagão é tão essencial para nós quanto adquirir um sistema imunológico mais forte. O (Neo)Paganismo não está mais baseado na colheita e na caça, mas mantém-se firme na ideologia de que a Natureza é a manifestação primordial da divindade. Trazemos para nossa realidade a necessidade não tão recente de preservar uma Natureza destruída e principalmente uma humanidade desumana.        
            Atitudes pagãs, contemporâneas, poderiam ser aquelas que muitas vezes esquecemos de fazer ou não damos importância verdadeiramente. Separar o lixo reciclável do orgânico, diminuir nosso tempo de banho, economizar energia elétrica, evitar o desperdício de alimento. Todas coisas muito pequenas que, no nosso dia-a-dia corrido e cheio de compromissos, parecem obsoletas, mas certamente refletem nosso nível de consciência pagã. Assumir essas atitudes demonstra o quão introjetada está a idéia de que acreditamos na unicidade de Gaia, que acreditamos no nosso planeta como uma célula viva, da qual fazemos parte. Tais atitudes remetem a leis grandiosas que nos ensinam que “tudo que está acima é como o que está abaixo” e portanto somos todos um (essa frase inclusive virou um clichê desgraçado, mas nem por isso deixa de ser verdade). De quê adianta ter seu altar, cultuar um zilhão de panteões, celebrar todos os sabás e esbás, saber o nome de todas as ervas do mundo, se quando você come uma bala joga o papel no chão? São atitudes pequenas, que estão além da moda, do estereótipo, introjetadas na mente subconsciente, estruturantes do caráter do ser, que nos mostram o verdadeiro Paganismo, ou Neo Paganismo, que seja.
            Então, lá em cima, quando eu disse que conhecia muitos bruxos que não são pagãos, acrescento ainda, que conheço muitos cristãos pagãos, muitas outras pessoas, de outras religiões, que são muito mais pagãs que ditos grandes sacerdotes por aí. Pessoas que sabem valorizar a vida, e respeitam todos seus aspectos, pessoas que almejam um mundo melhor e lutam por ele, pessoas que seguem seus ideais de maneira honrosa e não permitem que a modernidade as engula em seu turbilhão de deturpações éticas. Não sei se cabe dizer que estamos num mundo estranhos aos deuses antigos, e que talvez fizesse mais sentido cultuar a Heca-Cola que o antigo Dionísio (que me perdoem as bacantes), mas devemos lembrar que certas coisas são imutáveis. A evolução ocorre em seus ciclos ascendentes espiralados e mesmo que não estejamos correndo pelados por aí ao redor de fogueiras (ai como eu queria), repetimos padrões importantes da nossa espécie, e neles encontramos ainda mais evolução. Se a batalha antes era feita nos campos, com lanças e espadas, hoje é feita no mercado de trabalho, se antes plantávamos, hoje trabalhamos um mês para “colher” um, nem sempre farto, salário. Certas atitudes serão sempre consideradas pagãs, pois a Natureza somente se altera em sua aparência, jamais em seus leis primordiais. Cabe aqueles que se consideram pagãos perpetuar esse respeito, mantendo seu sagrado e assim não permitindo jamais que o Paganismo se extingua.   

Gaius Cauré

FEITIÇOS, MAGIAS E RITUAIS

Nesse capítulo do Roda de Gaia iremos trabalhar com Feitiços, Magias e Rituais, com os mais diversos aspectos e necessidades.

Gosto muito desse feitiço. Foi um dos primeiros que fiz na minha caminhada na Bruxaria e ele me ajudou muito a recuperar a auto-estima perdida, a achar amor por mim mesmo, a me sentir mais belo, mais confiante, mais sagrado e abençoado. Esse é um dos feitiços que ajudam a encontrar o Centro Espiritual. 
O centro espiritual é praticamente a mesma coisa que o nosso equilíbrio energético. Quando chegamos até ele, nos sentimos revitalizados, fortes e auto confiantes. É através do centro espiritual que podemos nos conectar com a grande potência universal. O Todo está conectado no centro e nosso poder pessoal se torna mais abrangente quando estamos unificados com o Todo.
            Mas é preciso ter em mente que não é só fazendo feitiços que nos conectaremos com o centro espiritual de nossos corpos (físico e energético). A caminhada é muito mais árdua que simples exercícios. Precisamos nos conscientizar que para chegarmos ao centro de equilíbrio é preciso seguir leis naturais e universais que muitas vezes ignoramos. É preciso seguir a essência de nossa espiritualidade. E principalmente nos respeitarmos!!!
                                                                                                  

Retirado do livro “Revelações de uma Bruxa” de Márcia Frazão.

Feitiço da Abelha Rainha

Material: Rosas vermelhas, mel, prato branco e pote de vidro.
Procedimento: No primeiro dia de Lua Crescente em Libra (pode ser também Touro, Leão ou Peixes) coloque as pétalas e cubra-as com mel. Depois ponha o prato para tomar a lua da Lua por 7 dias consecutivos. Cada vez que o prato for posto ao luar repita o seguinte encantamento por 4 vezes:

                        Abelha rainha, abelha encantada.
                        Beijou a roseira que tem na estrada
                        Veio zumbindo no meu ouvido
                        A doce canção da flor
                        Me deu a Lua num prato
                        E levou consigo a dor.
                        Que no Céu a Lua brilhe
                        E que na Terra o bem se faça
                        E que assim seja
                        E que assim se faça.

Após se repetir o feitiço por 7 dias, coloque tudo no pote de vidro e tome um colher de chá todos os dias antes de dormir.

PS: lembre-se de não deixar o pote tomar a luz do Sol.

terça-feira, 26 de junho de 2012

FILMES E LIVROS PAGÃOS


Nesse capítulo de nosso blog, que acontecerá aos Domingos, darei dicas de livros e filmes de temática pagã que poderão acrescentar algo na sua vida.


Para inaugurar gostaria de lhes falar um pouco sobre o livro "O Corpo da Deusa" de Rachel Pollack, publicado no Brasil pela editora Rosa dos Tempos.


Nesse maravilhoso livro, a autora nos traz uma perspectiva bastante pagã sobre como a própria Terra é a Deusa e de como a civilização humana vem se relacionando com essa questão há milênios.
Traçando um caminho que vem desde o paleolítico, Rachel nos mostra as interações honrosas dos homens das cavernas com a arte, o amor, a espiritualidade e com a idéia de que a vida acontece no corpo da Deusa. O mais incrível desse livro é que a percepção do corpo jubiloso da Terra é tão fantástica que nos coloca numa posição extremamente pagã, no sentido de podermos verdadeiramente vivenciar a Deusa como algo inerente a nós mesmos.
A autora fala sobre o movimento do matriarcado e suas belezas, sobre antigas civilizações que tinham como foca a Grande Deusa Mãe e de como essas civilizações foram transgredidas pelo bélico patriarcado e quais suas consequências para o mundo como um todo.




YOGA PARA PAGÃOS

O Yoga é uma antiga filosofia indiana que tem como objetivo libertar o ser humano de suas limitações mundanas. Através de diversas técnicas mentais, físicas e psico-físicas encontramos o aquietamento da mente, a saúde do corpo e a leveza da alma. 
Nesse capítulo especial do blog Roda de Gaia, que acontecerá nos Sábados, eu trarei a vocês um pouco do universo do Yoga aplicado ao mundo do Paganismo, fazendo uma releitura desse conhecimento ancestral aplicando-o ao nosso mundo atual. 

O Yoga de Patanjali, o compilador dos conhecimentos do Yoga, é descrito através de 108 aforismos, os Yoga Sutras. Através desse livro, Patanjali nos ensina tudo que havia sendo praticado em relação à libertação mental na Índia em tempos anteriores. Esses conhecimentos pré-Yoga Sutras é chamado de Proto Yoga. 
Atualmente o Yoga é dividido em oito partes e por isso recebe o nome de Ashtanga (oito passos) Yoga. São eles:

Yamas > São as indicações morais do Yoga. Mostra a postura do yogin diante de sua comunidade. São 5 os Yamas: Ahimsa (ação pacífica), Satya (Veracidade), Asteya (Honestidade), Bramacharya (Continência) e Aparigraha (Desapego)
Nyamas > São as indicações de como o yogin deve relacionar-se consigo mesmo. São eles: Saucha (Purificação), Santosha (Contentamento), Tapas (Disciplina), Svadhyaya (Auto-análise) e Ishvara Pranidhama (Entrega ao Divino)
Asanas > Posturas Psico físicas, a parte mais conhecida do Yoga, as posturas que estamos acostumados a ver.
Pranayama > Controle das técnicas respiratórias e seus caminhos. 
Pratyahara > Abstração dos sentidos.
Dharana > Concentração.
Dhyana > Meditação.
Samadhi > Iluminação.

Aos poucos iremos caminhar através desse maravilhoso universo aprendendo práticas, meditações, posturas e diversas técnicas seguras, para nos mantermos conectados com nossa realidade interna.

Espero que gostem!!!

Namastê (Deus que vive em mim, saúda e reverencia Deus que vive em você).  
mo